16 de outubro de 2009

Descanso...merecido descanso...


Perfeito, perfeito só mesmo ter um dia para descansar...
Mas, como nada é perfeito, o belo do dia fora do trabalho ainda deu foi mais trabalho. É sempre assim, um dia em casa não mata mas mói, um dia no trabalho mói e às vezes quase mata!

Deixando as choraminguisses de lado... Nada melhor do que umas horas perdidas em compras necessárias (mas não planeadas e com algum sentimento de remorso)... Amanhã vai ser a manhã toda a montar moveis, é a compensação das decisões de hoje. Enfim!

Vou mas é dar mimos ao gato que ele não reclama por eu me lastimar com saldos, compras e chatices...

Nheca!! O sacanita também não dá pulos por eu dizer que vou a Milão, com mais duas malucas, numa daquelas viagens que não lembra a ninguém mas que aparecem como que sem avisar e se sabe à partida que vai dar enregelamento e muita hora de riso.

Bem...é melhor não pensar nisso. Já são horas de me ir enroscar no sofá com a minha companhia ronronante e sem opinião.

14 de outubro de 2009

Emprego perfeito (?)


Todos os dias me dizem que tenho o "emprego perfeito", mas deixem-me que diga que não sei o que entendem por perfeito...será:

1. A Sra. que se barrica no quarto e foge pela porta de serviço para não pagar a conta?
2. A Sra. que sai de fininho e deixa as toalhas cheias de sangue (e não paga a conta)?
3. O grupo que não toma banho e que até dá vómitos na hora de servir os jantares?
4. Ter de tratar do bar e deixar para trás as funções da recepção (para depois me dizerem que não fiz o meu trabalho)?
5. Andar a arrumar as compras (quando isso não é responsabilidade de recepção)?

Pois é...só é perfeito para quem não está cá. Mas não há crise, agora pegou uma nova moda: apertar pescoços!
Ou seja: "vai fazer", "ah e tal, já disse que não vou", "vai fazer!!!!"... e vai um apertãozinho de pescoço e está resolvido.

Por muito caricato que pareça...é mesmo verdade, por cá agora resolvem-se as chatices com uns belos apertõezinhos de pescoço! Se eu não soubesse, não acreditava...Século XXI...tá bem, tá, por aqui ficou-se no séc. XVIII.

26 de agosto de 2009

À deriva

Lost in a purple sea
A ausência esconde sempre um segredo e esse só é conhecido se o deixar de ser.
Ausentei-me mas voltei. A veia poética foi de férias, imagino que volte quando menos esperar: é sempre assim.

Costumo ouvir afirmar que "a vida é uma sucessão de acontecimentos", que "nada acontece por acaso" mas para mim, ela é só e unicamente sarcástica: tem um sentido de humor terrivel, por vezes negro, por vezes macabro até. Acontece que não estou para me queixar, tive de aprender a aceitar estas variâncias de humor que o rumo da vida tem.

Aprendi que o negro de há uns tempos acaba por se desvanecer e repentinamente passar ao violeta de há uns dias, que segue o seu caminho para dar lugar áquele azul que vai clareando, para depois escurecer e acabar naquela cor de hoje...a que nem sei bem como definir!

Há dias assim, sem cor definida. Não sei se me acontece só a mim...mas acho que a sobejamente conhecida "cor de burro quando foge" gosta de aparecer para baralhar tudo (independentemente desse tudo ser bom ou mau). É bom haver dias como este: por vezes é bom andar à deriva, ao menos sempre se procura um rumo.

17 de junho de 2009

Gatinha

Encontro um livro antigo,
Com capa de couro e páginas cheias de luz.
Nele estão palavras douradas
Contando contos antigos de seres mágicos:
"Ali, naquele muro banhado pelas estrelas.
Uma persa de cor pura e temperamento ardente
Caminha com olhar azul de céu ensolarado
Transbordando vida a cada passo dado.
O seu brilho espalha paz ao redor
A sua gargalhada espalha amor a quem a ouve.
Ali, naquele mundo só dela,
Combate fantasmas e tormentos.
Por vezes, uma lágrima invisivel e transparente
Espreita pelos olhos afáveis.
Mas ela não desiste,
Com uma traquinice aqui, uma diabrura ali
Continua a sua caminhada
Pelas estradas, muros, montanhas e planícies
Sempre com uma mão amiga ao lado."
Embora não esteja sempre presente
O meu pensamento estará sempre contigo.
Adionis
.....................................
Um dia uma grande amiga dedicou-me este poema...e a beleza das suas palavras encantou-me. Após ser autorizada publico as suas palavras.
Obrigada pelo carinho e pelo miminho Adionis

31 de maio de 2009

Fado

Purple Fairy
Cofre inigualável,
De surpresas repleto,
Sem chave para abrir
Sem segredo para fechar.

Desencanto,
De um encanto encontrado.
Fado meu. Fado inesperado.

Olhar penetrante,
Um sorriso apagado.
Futuro sonhado, não realizado.

Ténue brilho no olhar,
Um relance, um sonho.
Um impulso, um regresso…

Destino…Esse cofre de sonhos.
Nunca aberto, jamais fechado!

21 de maio de 2009

Noite

Purple Night

Sozinha na noite escura,
Abri meu livro de memórias.
Olhei o horizonte...
Relembrei a liberdade que um dia perdi.

Sozinha na noite,
pela frialdade da lua acompanhada,
Olhei a página em branco...o passado apagado.
E então vi,a meus pés uma flor a florir
Na quietude, a ave no ramo a repousar,
ao fundo o sol a nascer.

Sozinha no amanhecer...enfim percebi:
Traço de esperança,
Veio de vida, um sorriso...
E no meu livro não escrevi...

11 de abril de 2009

Aqui

Ao fundo! Lá longe!
Uma luz...

Aqui. Tão perto.
Nada seduz...

Ao fundo! Lá longe!
O mar...

Aqui. Tão perto.
O verbo amar...

Lá longe
O teu coração...

Tão perto
A força da Paixão...

Tão longe
O teu ser...

Tão perto
Alma a desvanecer...

Tão longe
E não vou esquecer...
Junto a mim,
Teu coração a bater.

Ausência


Aquele lugar, aquele encanto!
Tempos passados, em memórias presentes.
Espaços perdidos em vidas vividas.
E a ausência, essa ausência…

Soluços silenciados, na escuridão desprendidos
Muralhas de mágoa em abraços entrelaçadas
Suspiros em olhos de rasas lágrimas
Secas punhaladas em coração ferido.
A ausência, essa ausência…

Um passo em frente, uma parede outrora existente.
Um vago e vazio nada na escadaria derrubada!
E agora uma palavra. Renovação do alento.
Sorri, segue em frente. Tudo se desvanece.
Fica o dia noite. Fica a voz muda.
E a ausência, a tua ausência…

Voz silenciosa que clama esse nome, grita esse amor.
Suspiro por esse beijo, ânsia por esse toque.
Volúpia que se ergue, dor que esmorece.
Um sorriso em destroçada mente.
Mas a ausência, essa ausência…

Braços estendidos. Aguardada esbelta figura a chegar.
Jubilo! O fim da dor. O peso do presente…
Corpo morto, outrora por ti ardente.
Muralha indefesa. Castelo caído.
No desmoronado castelo desse amor, só há dor:
A dor da tua ausência.