28 de março de 2012

Pele


Oscila e treme ao toque do vento.
Suave, ondulante, perdida.
Alma sem norte, corpo sem destino,
Coração sem rumo, sonho vagabundo.

Parece que estou sozinha, mas estou só,
Apenas acompanho estes passos leves,
A sorrir para mim, para a infinidade do tudo
Para o vazio do nada.
Em frente um abismo, atrás um vazio sem nexo.

Continuo a sonhar a cores, a fazer o que devo.
E nada disto faz de mim um exemplo.
Não sou essa heroína que vês no escuro brilho da noite
Ou esse anjo com passo forte, essa guerreira destemida,
Sou apenas eu...Eu que debaixo desta pele
Não sou mais que pequena, fraca e sonhadora.

Todos estes pensamentos estão debaixo da minha pele,
Roem vorazmente, corroem a cada passo dado,
Consomem-me sem dó, culpa ou piedade.
São meus e são eu, fazem este simples nós
Que existe para os olhos teus.

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