No século XIX os direitos
laborais eram praticamente inexistentes e os trabalhadores da maior cidade dos
Estados Unidos anunciaram uma greve geral pelos seus direitos. O resto do
país seguiu-lhe o exemplo, numa intenção de quebrar com o "viver para
dormir e trabalhar".
Ao primeiro protesto,
seguiram-se mais dois dias, sendo cerca de 50.000 trabalhadores a
manifestarem-se. A polícia então, sem aviso prévio, disparou sobre a multidão.
Morreram 10 pessoas, houve dezenas de feridos.
Apesar disto, a 4 de Maio, o Presidente da Câmara
permitiu a concentração de vários trabalhadores naquela que ficou conhecida
como a revolta de Haymarket (deu-se na praça de Haymarket). Nesta manifestação
estiveram cerca de 20.000 trabalhadores, Apesar de o Presidente querer manter a
segurança, o inspetor da polícia John Bonfield ordenou a 180 agentes
que interviessem contra os manifestantes. "De repente, rebentou uma bomba
que matou um polícia. Revoltados, os seus companheiros abriam fogo contra os
trabalhadores. Desconhece-se o número de vítimas.”
Perante o sucedido, tocou
imediatamente o toque para recolher. Nos dias seguintes terão sido feitas
centenas de buscas e detenções, foram armas, munições e esconderijos
secretos.
Um mês depois, foram julgados
31 trabalhadores acusados de serem os autores dos motins. Mais tarde, o número
foi reduzido para oito, sendo todos importantes Sindicalistas Anarquistas. O
julgamento feito na altura foi considerado uma farsa por não ter seguido
qualquer norma processual e terem existido acusações sem provas. Três dos
acusados foram presos - um suicidou-se na prisão - e cinco foram condenados à
forca.
Graças à força da revolta e á força da repressão, o 1 de Maio passou a ser celebrado como homenagem em todo o mundo.
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