25 de abril de 2014

Palácio




Vai a noite longa, está o horizonte escuro.
Silêncio e mais silêncio, aqui parece que nada perdura.
Neste céu não há estrelas, há anos que deixaram de brilhar.
Neste chão não há alimento, aqui nada há para alimentar.

Retiro-me para a velha casa, numa ténue esperança de ouvir,
Nem que seja uma coruja a piar, um morcego a esvoaçar.
Nada...apenas um nada...que nada tem.

E nesta certeza fecho a porta do meu palácio mais uma vez.
Desiludida com com este abandono e esta minha insensatez,
Desta ânsia de acreditar no renascer da terra de ninguém.

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