Vai pé ante pé,
A saltitar, vai seu coração .
Seus pés de veludo
Mal tocam as tábuas do chão.
Vai sorrateiro
Segue inseguro, curioso.
Não resiste, não é capaz.
Mas vai, sempre temeroso.
De nariz audaz,
Quase no chão enfiado,
Vê a sombra na luz
Lá está o tão ansiado!
Bela hora o ouviu,
No silêncio da lua:
"Que belo jantar" murmura,
O gato enquanto se empanturra.
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