29 de abril de 2014

Veludo

Vai pé ante pé,      
A saltitar, vai seu coração .
Seus pés de veludo
Mal tocam as tábuas do chão.

Vai sorrateiro
Segue inseguro, curioso.
Não resiste, não é capaz.
Mas vai, sempre temeroso.

De nariz audaz,
Quase no chão enfiado,
Vê a sombra na luz
Lá está o tão ansiado!

Bela hora o ouviu,
No silêncio da lua:
"Que belo jantar" murmura,
O gato enquanto se empanturra.


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